domingo, 26 de dezembro de 2010

Guerra e Cruzada

A Idade Média é um período marcado pela insegurança, em que a prática das armas era indispensável para manutenção da sociedade.LeGoff e Schmitt explicam que o próprio sentido da Idade Média foi à evolução das práticas da armas. Com as invasões dos povos bárbaros e desestruturação do Império Romano no século IV e V a Igreja se vê obrigada a vencer seus inimigos. A Cristandade teria que combater as rebeliões internas e externas, como principal instituição deste período, a Igreja foi de fundamental importância para o desenvolvimento da guerra, tanto com os princípios ideológicos, assim como os recursos para guerra.
Santo Agustinho no final do século V foi o principal filósofo para a sistematização da ideologia da guerra. A chamada “guerra justa” foi um mecanismo para justificar e legalizar a guerra, pois o cristão só poderia pegar em armas para proteger os fracos, pobres e humildes. A guerra só poderia ser feita por meios nobres e não para fins próprios, seria os vícios contra as virtudes e a fim de combater “o mal maior”.
Entretanto na realidade não ocorria esta luta das virtudes contra os vícios, nos séculos V ao XI as guerras contra os povos germânicos se demonstravam muito violentas. Para amenizar a falta de um governo centralizado a Igreja ficou responsável por estabelecer as relações humanas e cria uma nova ética para desenvolver momentos de pax Dei (“paz de Deus”) a tregua Dei (“trégua de Deus”). Os novos éticos propostos pela Igreja afetaram as relações humanas aponto que agora, os soldados (“cavalheiros”), no século XI, eram bem armados pelos Senhores e em troca juravam fidelidade eles, a relação Vassalagem.
 Para exportar as guerras a Igreja criou um novo mecanismo, as cruzadas. Essas foram expedições organizadas pela Igreja com objetivo de reconquistar o Santo Sepulcro, em Jerusalém, do domínio muçulmano. Os Tleplários (exército de Deus) eram grupos de ordens militares com objetivo de honrar a Igreja Católica para libertar a terra santa. As cruzadas tiveram um papel importante na mentalidade Européia. O espírito cavalheiresco foi tão importante para Europa que se manteve intacto ou fim da revolução francesa e prolongando-se até fim da segunda Guerra Mundial.

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